A Reforma Tributária e o tal Split Payment: entenda na prática os impactos desse recurso e como proteger o caixa da sua empresa
- Aloizio Jr Ziareski
- 30 de ago.
- 5 min de leitura
A Reforma Tributária brasileira traz consigo um dos temas mais comentados do momento: o split payment. Trata-se de um novo sistema de recolhimento de impostos que promete revolucionar a forma como empresas lidam com sua tributação no dia a dia.
Na prática, o split payment ou “pagamento dividido” significa que, no momento em que o cliente realizar a compra de um produto ou serviço, a parte correspondente aos tributos (CBS e IBS) será automaticamente direcionada aos cofres públicos. O empreendedor, por sua vez, receberá apenas o valor líquido da venda, já descontado dos impostos.

Reforma tributária e o Split Payment
Essa mudança altera diretamente a dinâmica de fluxo de caixa, exigindo mais planejamento, estratégia e acompanhamento próximo. Para micro e pequenas empresas, o impacto é ainda mais significativo, uma vez que muitas utilizam os valores dos tributos até o vencimento para cobrir despesas operacionais e compromissos do negócio.
Na Essenciale Contabilidade, acreditamos que este é o momento de reforçar a importância da Contabilidade Consultiva: mais do que registrar fatos, é preciso oferecer direcionamento estratégico para que o empreendedor mantenha saúde financeira e competitividade para estar preparado para Reforma tributária e o Split Payment
Por que o split payment foi criado?
O principal objetivo do split payment é reduzir a sonegação fiscal e aumentar a eficiência da arrecadação tributária.
Hoje, o sistema brasileiro permite que o imposto fique sob responsabilidade do empreendedor até o mês seguinte da operação. Isso abre espaço para atrasos, má gestão e até mesmo inadimplência tributária.
Com o split payment, o governo recebe sua parte de forma imediata, ainda no ato da transação, tornando o processo mais seguro e transparente.
Mas o ganho de eficiência pública traz um desafio para os negócios: perda de flexibilidade no uso do caixa.
Impactos diretos para as empresas
A implementação do split payment gera transformações profundas no dia a dia empresarial. O impacto não é apenas operacional, mas estratégico, exigindo que gestores e empreendedores revejam práticas financeiras, contratuais e de planejamento. Entre os principais efeitos, destacam-se:
Redução imediata no fluxo de caixa
O valor líquido recebido será menor do que o atual, já que os impostos serão descontados na origem. Isso significa que os recursos disponíveis para pagamento de fornecedores, folha de pagamento e demais despesas operacionais se tornam mais restritos, exigindo planejamento mais rigoroso do capital de giro.
Necessidade de reestruturação financeira
Negócios que utilizavam o valor dos tributos como “financiamento” temporário precisarão buscar alternativas de crédito, renegociar prazos e rever estratégias de precificação. Sem esses ajustes, o risco de desequilíbrio financeiro aumenta.
Custos de adaptação sistêmica
Sistemas de gestão, ERPs e plataformas de pagamento precisarão ser atualizados para processar automaticamente o recolhimento tributário. Essa adaptação pode gerar custos tecnológicos e de treinamento de equipe, além de ajustes em integrações com marketplaces e bancos.
Pressão sobre a competitividade
Empresas que não se adaptarem ao novo modelo podem perder fôlego competitivo, já que a necessidade de capital imediato pode resultar em preços mais altos ou menor margem de negociação com clientes e fornecedores. Por outro lado, quem se preparar de forma antecipada terá melhores condições de se manter competitivo no mercado.
Mas, quem será impactado?
O split payment não é uma medida isolada: trata-se de um mecanismo que afetará, em regra, todas as empresas. Do pequeno prestador de serviços ao grande conglomerado, todos terão que lidar com a retenção automática dos impostos na hora da venda.
Micro e pequenas empresas: sentirão de forma mais intensa a perda de flexibilidade no caixa. Para muitas, o valor dos tributos é hoje utilizado como ponte financeira entre a venda e o pagamento das despesas mensais.
Empresas do Simples Nacional: ainda existem pontos em debate, mas a tendência é que também estejam sujeitas ao split payment, com a retenção automática proporcional ao faturamento.
Marketplaces e plataformas digitais: terão papel central, já que serão responsáveis por reter e repassar os tributos diretamente ao fisco. Isso inclui tanto venda de produtos quanto de serviços digitais.
Varejo, indústria e serviços em geral: qualquer negócio que realize operações de venda, especialmente via meios eletrônicos, terá impacto direto no fluxo de caixa.
Grandes corporações: embora possuam mais estrutura financeira, precisarão adequar processos internos, sistemas e contratos com fornecedores e parceiros.
Em resumo: o split payment atinge todo o ecossistema empresarial brasileiro e sua adaptação não é opcional, mas necessária para manter regularidade e competitividade.
Veja na prática um exemplo de calculo do
split payment
Vamos simular um cenário em que se tem uma venda de R$ 100,00:
Alíquota estimada do IVA (CBS + IBS): 28%
Valor líquido recebido pela empresa: R$ 72,00
Valor dos impostos retido automaticamente: R$ 28,00
Ou seja, o empreendedor não terá os R$ 100,00 em caixa, mas apenas R$ 72,00, já que os R$ 28,00 de tributos serão direcionados imediatamente ao fisco.
No modelo atual, os R$ 100,00 entrariam no caixa da empresa, e o tributo seria pago posteriormente, de forma acumulada, no mês seguinte. Com o split payment, o tempo de gestão sobre esse recurso deixa de existir, reforçando a necessidade de adaptação.
Então, como se preparar para o split payment?
Mapeie impostos e prazos, conheça todos os tributos incidentes sobre suas operações e seus valores médios mensais.
Faça simulações de fluxo de caixa e compare o cenário atual com o modelo de desconto imediato e estime o impacto real no seu caixa.
Renegocie condições de pagamento e tenha em mente que será necessário ajustar prazos com fornecedores e avalie alternativas de crédito empresarial para manter liquidez.
Reforce o planejamento tributário e avalie estrategicamente seu segmento pois poderão existir oportunidades com a Reforma Tributária, como créditos de impostos, para compensar parte do impacto.
Conte com Contabilidade Consultiva hoje, o momento é agora para contar com um contador consultivo ao seu lado, pois essa será a chave para transformar o split payment de um problema em uma oportunidade de reestruturação estratégica.
Split payment e o futuro dos negócios
Split payment e o futuro dos negócios
A Reforma Tributária não deve ser vista apenas como um obstáculo. Ela é também um convite ao empreendedor brasileiro para profissionalizar e aprimorar sua gestão financeira e tributária.
Afinal, quem estiver preparado sairá à frente: com mais transparência, regularidade fiscal e acesso facilitado a crédito, já que empresas com maior conformidade tendem a conquistar mais confiança de bancos e investidores.
Conclusão
Dentre as mudanças prometidas pela Reforma Tributária o split payment pode ser uma das mais significativas e vai exigir organização financeira e inteligência contábil.
Na Essenciale Contabilidade, estamos preparados para orientar empreendedores de todo o Brasil, hoje estamos localizados em Castro, Curitiba e atendimento nacional no formato digital, oferecendo Contabilidade Consultiva para transformar desafios tributários em estratégias de crescimento.
Com conhecimento, planejamento e acompanhamento profissional, o empreendedor pode continuar a construir negócios sólidos, sustentáveis e competitivos, fortalecendo a verdadeira força do empreendedor brasileiro.
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